Celular vai alertar mulher vítima de violência quando agressor se aproximar; saiba como funcionará
Viaturas usarão câmeras ligadas ao cerco inteligente e agressores serão monitorados no ES Mulheres vítimas de violência doméstica no Espírito Santo serã...
Viaturas usarão câmeras ligadas ao cerco inteligente e agressores serão monitorados no ES Mulheres vítimas de violência doméstica no Espírito Santo serão avisadas, pelo celular, quando o agressor estiver se aproximando dela. A tecnologia faz parte do programa "Mulher Segura", lançado pelo governo do estado nesta sexta-feira (14). Os suspeitos serão monitorados por tornozeleira eletrônica. O objetivo é prevenir novos ataques e reduzir casos de feminicídio, que já somam 29 registros no estado neste ano. O governo adquiriu 200 conjuntos de tornozeleira e celular para iniciar o monitoramento. A implantação começa pela Região Metropolitana, com foco em Vitória, onde três mulheres já participam do programa, e será expandido para Serra, Cariacica, Vila Velha, Viana e Guarapari. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp A segunda fase levará o monitoramento ao interior, após avaliação da cobertura de GPS e telefonia móvel. O objetivo é ampliar a proteção em casos de maior risco, definidos pela Justiça. LEIA TAMBÉM: VITÓRIA: motorista de app é executado com tiros na cabeça ao buscar filho em creche TÁ SABENDO? supermercados do ES voltarão a fechar aos domingos a partir de março de 2026 Mulher usando o celular Unsplash "Esse é um desafio no estado. A gente está reduzindo o feminicídio, até ontem (dia 13) reduzimos 17%, mas temos necessidade de avançar. E, com o programa, esperamos alcançar mais resultados daqui para a frente", afirmou o governador Renato Casagrande. Como vai funcionar? A delegada Michelle Meira, da Gerência de Proteção à Mulher da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), explicou que os equipamentos vão estar interligados e a proteção foi definida em dois níveis: Zona Amarela (advertência) Perímetro de segurança (amplia a área de alerta ao dobro da zona de exclusão); Se o monitorado ingressar nessa área, a central de monitoramento é avisada. É uma área em que o agressor até pode circular, mas haverá uma sinalização de que está se aproximando do espaço restrito e que está sendo monitorado. Zona Vermelha (Exclusão) Envio de mensagem para o celular da vítima; Mapa com a localização em tempo real do monitorado é exibido na tela do celular; Tornozeleira do monitorado entra em modo contínuo de vibração; O monitorado recebe mensagem via SMS e WhatsApp. A zona de exclusão é justamente a área em que, por determinação da Justiça, o agressor não pode entrar, ou estará descumprindo a medida protetiva. Em caso de violação, além dos alertas vibratórios e mensagens, agentes da central de monitoramento vão ligar para ele e para a vítima informando da situação. Se o monitorado não atender a ligação ou se recusar a acatar as orientações, a Polícia Militar será acionada. A mulher também pode acionar o modo de alerta 2, pressionando o botão “Preciso de Ajuda”. Nesse caso, o celular grava áudio e vídeo automaticamente. Integração com a patrulha Michelle Meira explicou também que o monitoramento reforça outras ações, como a Patrulha Maria da Penha, que fará acompanhamento mais frequente das vítimas atendidas pelo programa. Para iniciar o monitoramento, algumas etapas precisam ser cumpridas: Decisão judicial; Envio das regras para a Secretaria de Justiça; Instalação da tornozeleira; Entrega do celular exclusivo à vítima; Vinculação dos equipamentos. Todo o processo leva até 24 horas, conforme determinação judicial, que também define o raio de distância que o agressor deve manter. A iniciativa é realizada em parceria com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo